A vocação profissional implica unir uma profissão às competências de cada um, mas esta nem sempre é clara para todos. Há quem a considere um chamamento e a espere a qualquer momento. No entanto, para a maioria das pessoas, precisa ser trabalhada e desenvolvida através de orientação profissional.
Nem sempre estar preparado para exercer uma profissão depende da vocação e nem sempre a vocação por si só garante o sucesso profissional, pois qualquer profissão requer empenho e trabalho.
Vem saber sobre os mitos que envolvem a vocação profissional:
Mito 1 – É preciso esperar que a vocação se revele:
Há quem leve à letra o significado da palavra vocação (chamamento) e julgue que deve aguardar que esse momento chegue. Mas a vocação não surge num momento mágico, é algo que muitas vezes se desenvolve e se trabalha, até ser descoberta. O autoconhecimento, o interesse por determinadas atividades e perspectivas de futuro podem fornecer pistas úteis para descobrir o que gostaria de fazer profissionalmente. Quem ainda não encontrou pistas, deve prestar atenção aos seus talentos, valores e propósito de vida para descobrir o que gostaria de fazer.
Mito 2 – A vocação profissional revela-se na prática:
Quem assim pensa vai saltando de curso para curso, de emprego para emprego, sempre na esperança de finalmente descobrir o que gosta de fazer. E entretanto são infelizes porque fazem cursos e trabalhos que não lhes dão satisfação. Não é bem assim que a vocação se descobre na vida real. Mais uma vez é preciso parar para pensar e analisar aquilo que gosta de fazer, em que as pessoas elogiam a sua atuação. Pensar nisso é o primeiro passo. Não salte esta etapa.
Mito 3 – Só há uma profissão certa para cada um:
Isso podia ser verdade antigamente, mas já não o é hoje e muito menos será no futuro. Há estudos que preveem que os jovens da Geração Y poderão passar por 14 ocupações diferentes até ao fim da carreira. Mais do que profissões, o que conta são as competências que sabe usar e as áreas com que se identifica. Há quem prefira movimentar-se em ambientes mais lógicos, que podem incluir profissões nas áreas da matemática, estatística, economia. E há quem, por outro lado, se sinta mais à vontade na comunicação, vai poder escolher entre publicidade, jornalismo, marketing e talvez mesmo recursos humanos.
Mito 4 – Seguir a vocação mesmo que não goste:
Ter uma habilidade natural para uma determinada atividade é uma coisa, gostar de a fazer é outra. Ser um bom profissional não depende só da vocação, existe também a prática e a formação adequada que o preparam para isso. Ou seja, se não gosta, não insista. É preferível investir em algo que goste de fazer, as competências podem ser treinadas e se há motivação, ainda que falte a vocação, será bem sucedido profissionalmente.
Mito 5 – Existem pessoas sem vocação:
Não é assim, todas as pessoas têm vocação para alguma coisa. A diferença é que algumas vocações são mais lucrativas que outras. Mais uma vez, o importante é pensar bem no que gosta de fazer e a partir daí traçar o seu percurso profissional.
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